Manter a sua individualidade dentro do casamento é fundamental para que
a relação permaneça saudável e equilibrada ao longo dos anos. Isso se torna
ainda mais importante quando um dos parceiros assume prioritariamente os
cuidados com a casa, enquanto o outro sai para trabalhar.
Quando toda a sua vida gira exclusivamente em torno da família, você pode desenvolver uma dependência emocional do parceiro(a). No futuro, quando os filhos crescerem e saírem de casa, essa transição pode se tornar muito mais dolorosa do que seria se você tivesse cultivado outros interesses e atividades além do lar.
Será que eu tenho Dependência Emocional?
Essa pergunta exige uma resposta complexa e apenas uma avaliação com
profissional qualificado pode dizer com certeza. Mas existem alguns sinais que
não devem ser ignorados, sendo os principais:
- Consigo
fazer coisas sozinho ou preciso sempre estar com meu parceiro(a)?;
- Tenho
amigos para além dessa relação ou todos são amigos em comum?
- Consigo
tomar decisões "menores" sozinho (a) ou preciso sempre da
aprovação ou opinião dele (a)?
Dependência Emocional e Teoria do Apego
A Teoria do Apego, desenvolvida pelo psicólogo John Bowlby. teoriza
sobre os padrões de apego que desenvolvemos na infância e como eles influenciam
profundamente como nos relacionamos na vida adulta.
Existem três principais estilos de apego:
Apego seguro – A pessoa se sente confiante no relacionamento, mantém
equilíbrio entre proximidade e independência.
Apego ansioso – Há uma forte necessidade de validação e medo de
abandono, levando à dependência emocional.
Apego evitativo – A pessoa evita intimidade excessiva, priorizando
independência a ponto de parecer distante.
Muitos indivíduos que acabam desenvolvendo dependência emocional na fase adulta, passaram por relacionamentos conturbados com uma ou as duas figuras de cuidado na infância. Essa dinâmica permanece nos relacionamentos (especialmente os amorosos) até que o sujeito elabore essa primeira relação com os cuidadores.
Quando um parceiro abandona completamente sua individualidade para se
dedicar exclusivamente ao casamento, isso pode indicar um padrão de apego
ansioso, onde a autoestima e a identidade ficam excessivamente vinculadas ao
outro.
Por Que a Individualidade Fortalece o Casamento?
Manter sua identidade não significa ser menos
dedicado ao relacionamento. Pelo contrário, ter hobbies, amizades e
compromissos fora do casal enriquece sua vida e melhora sua autoestima,
refletindo positivamente na relação.
Algumas formas de preservar sua individualidade sem
prejudicar a união incluem:
- Pratique hobbies (leitura, esportes, música, artesanato).
- Mantenha uma vida social ativa (encontros com amigos, grupos
comunitários).
- Invista em desenvolvimento pessoal (cursos, voluntariado,
atividades religiosas).
Equilíbrio é a Chave
Seu foco pode (e deve) ser sua família, mas não deixe de lado quem você
é. É perfeitamente possível conciliar vida em casal e individualidade sem abrir
mão de nenhum dos dois.
Você já parou para pensar: "Quem sou eu além do meu papel
no casamento?"
Reflita
sobre isso e comece a incluir pequenas atividades que te tragam satisfação
pessoal. Seu relacionamento só tem a ganhar!
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